domingo, 11 de novembro de 2018

O artigo escrito abaixo era, no início, apenas um pré-requisito para minha formação como Sargento da Polícia Militar do Estado de São Paulo, porém notei que não havia nada publicado na internet nesse sentido. Como é um tema de grande relevância para a sociedade brasileira, resolvi tornar público.

Segue o Artigo

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ANÁLISE ESTATÍSTICA ENTRE O NÚMERO DE HOMICÍDIOS PRATICADOS COM EMPREGO DE ARMAS DE FOGO E O NÚMERO DE ARMAS DE FOGO REGISTRADAS NO PAÍS, ANTES E DEPOIS DA LEI Nº 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003.






THIAGO NUNES, da Silva*



















*Graduado no Curso  Superior de Tecnólogo de Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública I – CFS II/17. Graduado no Curso Superior de Tecnologia em Gestão da Produção Industrial na Faculdade Editora Nacional – São Caetano do Sul – SP. nunes_tns@hotmail.com
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ANÁLISE ESTATÍSTICA ENTRE O NÚMERO DE HOMICÍDIOS PRATICADOS COM EMPREGO DE ARMAS DE FOGO E O NÚMERO DE ARMAS DE FOGO REGISTRADAS NO PAÍS, ANTES E DEPOIS DA LEI Nº 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003.


RESUMO

Esta pesquisa tem como cerne a LEI Nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM. Comumente conhecido como o Estatuto do Desarmamento.
A referida lei entrou em vigor em um contexto de crescente violência, especialmente quando se analisam os homicídios com emprego de arma de fogo. O discurso por trás da proposta era a diminuição dos índices criminais, em especial homicídios por armas de fogo, que segundo o legislador, está diretamente relacionado com a posse e comercialização de armas de fogo no Brasil.
A pesquisa analisa os dados oficiais publicados pelo governo federal quanto ao número de homicídios com emprego de armas de fogo no país, dentro do intervalo temporal entre 1994 e 2013, analisa em separado os Estados da Federação e traça um paralelo com o número de registro de armas de fogo nesses Estados.
Dessa forma é possível analisar a eficiência e a eficácia das medidas governamentais adotadas em virtude da lei para redução dos índices criminais.  
O período analisado se limitou até 2013, pois, o último dado de domínio público sobre registro de armas de fogo é do referido ano, dependendo de consulta pessoal ao Departamento de Polícia Federal para obtenção de dados mais recentes, o que devido à compressão do tempo não foi possível.  
               
Palavras-chave: Homicídios por Arma de Fogo. Armas de Fogo Registradas no Brasil. Estatuto do Desarmamento.


1 INTRODUÇÃO


Os canais da mídia brasileira cultivam na sociedade a ideia que quase todos os problemas relacionados com segurança pública, mais especificamente homicídios, estão diretamente relacionados com as armas de fogo, essa lógica, por si só não se sustenta, pois a conduta de matar alguém é intrínseca do ser humano.
Notadamente não é isso que se vê em nossa sociedade, pois já se tornou comum atribuir responsabilidade pelo ato à coisa e não à pessoa. Um detalhe muito sutil, porém, altera todo o cenário, e pouco a pouco constrói um pensamento de que as armas matam as pessoas.
Algumas manchetes de noticiários brasileiros chegam a causar espanto, vejamos:
- “Garotos teriam achado na rua arma que matou menino” 1
- “Dois jovens são mortos por arma de fogo em Teresina” 2
           
     Uma frase muito famosa, usada com frequência pelo pessoal da National Rifle Association – NRA – contrapõe com maestria essa ideia, “Armas não matam pessoas; pessoas matam pessoas”.
Durante o desenvolvimento da pesquisa, fora observado o número de homicídios com emprego de arma de fogo em todo território nacional, observando-se a situação individual de cada Estado da Federação, os dados foram tabulados de 1994 a 2013.
Também foram relacionados os dados oficiais do Departamento de Polícia Federal (DPF), quanto ao número de armas de fogo registradas em todo o território nacional, e da mesma forma que os homicídios, também foram contabilizados individualmente pelos Estados da Federação.
A correlação entre os números de armas e o número de homicídios traz clareza à questão do controle do armamento por parte do Estado, e deixa fácil a análise quanto à eficácia do Estatuto do Desarmamento.


–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––1http://www.jornalvs.com.br/_conteudo/2014/10/noticias/regiao/88503-garotos-teriam-achado-na-rua-arma-que-matou-menino.html
2https://www.portalodia.com/noticias/piaui/jovem-e-morta-com-um-tiro-em-teresina-204251.html

2 DESENVOLVIMENTO

    Estruturando a análise da pesquisa, vamos começar pelo estudo dos números relacionados a homicídios com emprego de armas de fogo, a juntada de dados desconsiderou casos de suicídio, acidentes fatais envolvendo armas e mortes de causa indeterminada.
     Outro fator que foi levado em consideração é a amplitude temporal, onde foi compreendido desde o ano de 1994 até o ano de 2013, ou seja, 20 anos de dados condensados e analisados na pesquisa.     
     Deve ser observado que a LEI Nº 10.826 foi publicada em 22 de dezembro de 2003, e que seus efeitos apenas podem ser analisados a partir de 2004.
     Vamos então aos dados: 
Número de homicídios com emprego de armas de fogo no Brasil

ANO
HOMICÍDIOS
1994
18.889
1995
22.306
1996
22.976
1997
24.445
1998
25.674
1999
26.902
2000
30.865
2001
33.401
2002
34.160
2003
36.115
2004
34.187
2005
33.419
2006
34.921
2007
34.147
2008
35.676
2009
36.624
2010
36.792
2011
36.737
2012
40.077
2013
40.369
Fonte: Processamento Mapa da Violência 2016
Tabela 01

Observando a tabela 01, podemos destacar o aumento constante dos homicídios ao longo dos anos, porém sem muita interferência após a aprovação da lei.
Como é possível constatar no gráfico 02, a escalada da violência existia antes da criação da lei e continuou aumentando após o Estatuto do Desarmamento entrar em vigor.

Evolução dos homicídios com emprego de armas de fogo


ANO
HOMICÍDIOS POR ARMA DE FOGO
1994
18.889
1995
22.306
1996
22.976
1997
24.445
1998
25.674
1999
26.902
2000
30.865
2001
33.401
2002
34.160
2003
36.115
2004
34.187
2005
33.419
2006
34.921
2007
34.147
2008
35.676
2009
36.624
2010
36.792
2011
36.737
2012
40.077
2013
40.369

Gráfico 02
Fonte: Processamento Mapa da Violência 2016

Somente em nível de comparação com relação a números absolutos, considerando dois períodos, 10 anos antes e 10 anos após a aprovação da lei, temos o total de 275.733 vítimas mortas com emprego de armas de fogo entre 1994 a 2003, e incríveis 362.949 vítimas mortas com emprego de armas de fogo entre 2004 a 2013, ou seja, o percentual de vítimas no período de 10 anos após Estatuto do Desarmamento representa 131,63% em relação ao período de 10 anos antes de sua criação.
     Importante ressaltar que esses números representam todos os tipos de homicídios com emprego de arma de fogo, a coleta de dados para composição da tabela leva em consideração pessoas mortas em ocorrências policiais, conflitos entre criminosos e toda sorte de subcategorias de homicídios, muito menos distingue a origem da arma empregada no crime quanto a sua legalidade, ou seja, armas registradas e clandestinas compõem os números.
     Analisando apenas os dados absolutos é fácil ter uma interpretação equivocada ou tendenciosa, pois os dados mostram crescimento da violência ano após ano de forma geral, em âmbito nacional está correto afirmar que os homicídios com emprego de arma de fogo cresceram no país.
     Porém, separando os dados por unidades da federação, de forma individual e setorizados, vemos que o cenário não é o mesmo para todo o Brasil, existem estados com muito mais homicídios do que outros.
            Vamos separar os seis Estados com os maiores índices de homicídios com emprego de arma de fogo na tabela 03 e os seis Estados com os menores índices de homicídios na tabela 04, as tabelas mostram o total de homicídios de 2004 até 2013, perceba a discrepância.

Estados com menores índices.                                                    Estados com maiores índices. 

UF
HOMICÍDIOS

UF
HOMICÍDIOS
Roraima
336

Rio de Janeiro
45.964
Acre
582

São Paulo
45.047
Amapá
797

Bahia
34.395
Tocantins
1.184

Pernambuco
30.683
Piauí
2.143

Minas Gerais
29.909
Rondônia
3.319

Paraná
23.136
    Tabela 03                                                                                                            Tabela 04                                               
     Fonte: Processamento Mapa da Violência 2016              

É necessário avaliar os números de homicídios para cada 100 mil habitantes, pois os números absolutos levam ao erro em virtude da densidade demográfica atinente a cada região.
Com a análise de forma percentual, tem-se um quadro diferente e mais fidedigno, pois asseguradas as devidas proporções, novos protagonistas entram em cena:

Número de homicídios para cada 100 mil habitantes, considerando apenas o ano de 2013.

       Estados com menores índices                                                         Estados com maiores índices

UF
HOMICÍDIOS
% p/ 100 mil/hab.

UF
HOMICÍDIOS
% p/ 100 mil/hab.
Santa Catarina
6,6

Alagoas
56,6
São Paulo
7,8

Ceará
41,5
Tocantins
9,4

Rio G. do Norte
34,1
Piauí
11,7

Espirito santo
33,5
Mato G. do Sul
12,1

Sergipe
32,8
Acre
12,4

Paraíba
31,9
       Tabela 05                                                                            Tabela 06
Fonte: Processamento Mapa da Violência 2016             

Erroneamente costuma-se associar o número de homicídios com a quantidade de armas registradas, porém, em pesquisa junto ao Departamento da Polícia Federal, especificamente no ano de 2013, podemos constatar que a relação é inversamente proporcional, ou seja, na maioria dos casos, os Estados com maior número de armas de fogo registradas, possuem os menores índices de homicídio da Federação.
Vejamos então os dados:

Registro de armas de fogo a cada 100 mil habitantes
Valor de referência: Média Nacional 1168,7

1º - Acre
5838,7

15º - Tocantins
944,3
2º - Distrito Federal
3974,6

16º - Goiás
870,2
3º - Rio G. do Sul
3826,0

17º - Amazonas
750,2
4º - Roraima
2099,8

18º - Pernambuco
713,6
5º - Santa Catarina
1915,0

19º - Alagoas
633,8
6º - Rondônia
1663,0

20º - Rio G. do Norte
604,2
7º - Paraná
1654,6

21º - Pará
586,7
8º - Mato Grosso
1576,7

22º - Paraíba
541,7
9º - Mato Gr. do Sul
1395,1

23º - Piauí
481,1
10º - Amapá
1212,1

24º - Ceará
480,5
11º - São Paulo
1164,7

25º - Sergipe
423,8
12º - Espírito Santo
1039,8

26º - Bahia
355,2
13º - Minas Gerais
984,4

27º - Maranhão
351,4
14º Rio de Janeiro
956,7



  
Tabela 07
Fonte: DPF Lei de acesso à informação – consulta realizada pelo Dr. Hudson Costa

Para trazer luz a questão, vamos discorrer sobre os casos de maior relevância.
Ao analisarmos o Estado com o maior índice de homicídios de todo o país (2013), com uma taxa de 56,6 homicídios para cada 100 mil habitantes, veremos que o Estado de Alagoas ocupa somente o 20º lugar no ranking de Estados mais armados do país. Em contra partida o Estado de Santa Catarina, com uma taxa muitíssimo menor de apenas 6,6 homicídios para cada 100 mil habitantes, ocupa o 5º lugar no ranking, ou seja, mesmo com mais de três vezes o número de armas que o Estado de Alagoas, Santa Catarina detêm um índice de homicídios quase nove vezes menor. 
Outro exemplo fático é a comparação entre o Estado da Paraíba e o Estado do Acre, o Estado da Paraíba ocupa o 6º lugar em relação ao índice de homicídios, com uma alarmante taxa de 31,9 homicídios para cada 100 mil habitantes, enquanto que o Acre detém o 6º menor índice de homicídios, com apenas 12,4 homicídios para cada 100 mil habitantes, ou seja, quase três vezes melhor. Contudo, enquanto o Estado da Paraíba ocupa o 22º lugar no ranking de Estados mais armados do país, o Estado do Acre é simplesmente o estado com o maior número de cidadãos armados de toda nação, com mais de dez vezes o número de armas registradas em relação ao Estado da Paraíba.
Esse tipo de fenômeno repete-se sempre que comparamos os extremos das duas tabelas, como pode ser comprovado verificando-se as tabelas na integra, listadas no material bibliográfico.
O fenômeno de redução dos índices criminais está muito mais relacionado a uma série de ações planejadas e a políticas de segurança pública acertadas do que simplesmente a proibição das armas de fogo.  Como é o caso do Estado de São Paulo que desde o ano de 1999 vêm reduzindo seus índices criminais ano a ano, dado que pode ser ratificado pelo site da Secretaria de Segurança Publica de São Paulo, (porém não iremos nos debruçar sobre esse tema.).
Diante dos fatos apresentados fica nítido que a posse de armas de fogo registradas, ao contrário do que diz o senso comum, não está relacionada com o aumento de homicídios.     


3 CONCLUSÃO

     Resta comprovado que desarmar o cidadão de bem não resolve o problema da violência no país, muito pelo contrário, limita o direito da sociedade, uma vez que o cidadão não pode proteger a si mesmo, muito menos a sua família.
     Em nível global, a história nos diz que todas as campanhas desarmamentistas sempre estiveram ligadas com movimentos de controle social e enfraquecimento da capacidade de reação da sociedade contra o Estado.

                                                           Todo o poder político vem do cano de uma arma.
O partido comunista precisa comandar todas as armas; desta maneira, nenhuma arma jamais poderá ser usada para comandar o partido.

                                                                                           MAO TSÉ TUNG

3.1 Países com maiores restrições às armas

     Não faltam, na história mundial, exemplos práticos que sustentem essa afirmação, então vejam:
     Uma democracia emblemática, consolidada e conservadora como a Inglaterra, sempre manteve o direito ao armamento pelo cidadão de bem, intocado ao longo do tempo, o direito individual de se defender da violência gratuita e muitas vezes inesperada. Mas após a Segunda Guerra Mundial, um processo de desarmamento da sociedade britânica iniciou-se sob o pretexto de coibir a violência, segundo (Malcolm, Violência e Armas, 2014), o que ocorreu nos últimos anos na Inglaterra, quanto a políticas desarmamentistas, culminou em índices muito mais elevados em diversos tipos de crimes violentos.
     Como comparação, a Inglaterra, mesmo sendo um país com um sexto do número de habitantes dos EUA e com um território setenta e cinco vezes menor, superam os americanos em diversos índices criminais. Segundo dados de 2013, a taxa de crimes violentos da Inglaterra é 80% maior do que a americana, numa comparação per capita.
     Outra nação que seguiu o modelo inglês de desarmamento civil radical, e experimentou aumento de criminalidade após o desarmamento da população foi a Austrália. Ou ainda países como a Jamaica e a Irlanda, que há mais de quarenta anos baniram as armas de fogo legalizadas da posse de sua população civil e nunca experimentaram uma redução em seus índices de homicídios.  
     O site CRIME PREVENTION RESEARCH CENTER traz dados mais detalhados dos países relacionados a essa pesquisa, sendo sugerida sua consulta para interessados em se aprofundar em casos de insucesso quanto às políticas desarmamentistas. Para essa pesquisa vamos nos ater apenas ao caso brasileiro, trazendo exemplos internacionais apenas como comparação.
     Mesmo porque o Brasil segundo (QUINTELA e BARBOSA, 2015) “É o exemplo mais mal sucedido de desarmamento do planeta”.
           
3.2 Países com menores restrições às armas

     Em contra partida podemos citar diversos outros países com políticas muito mais liberais quanto à aquisição de armas de fogo pela população civil. Em nossa pesquisa vamos considerar apenas os casos dos Estados Unidos, da Suíça e da República Checa.
A República Checa possui leis muito menos restritivas do que o Brasil, no que tange a posse e porte de armas de fogo, chegando a meados de 2010 a marca de aproximadamente 700.000 de armas registradas no país, o que representa cerca de 0,07 armas por habitante.
     Os índices quanto a crimes violentos no país veem diminuindo ano após ano, sendo que em 2011 já era classificado como “país seguro para turistas americanos” de acordo com o relatório do Escritório de Segurança Diplomática dos Estados Unidos.
Outro exemplo de política acertada com relação às armas de fogo fica por conta da Suíça, país detentor das menores taxas do mundo em relação a crimes violentos com emprego de armas de fogo, mesmo possuindo um número estimado de 3 milhões de armas de fogo em posse da população, o que representa 0,35 arma por habitante, ou seja, uma arma para cada três habitantes.
Por fim os Estados Unidos, a nação mais armada do mundo, com cerca de 300 milhões de armas de fogo em posse da população civil, o que representa nada mais nada menos que uma arma para cada habitante do país, certo que não são o país mais seguro do mundo, mas estão longe de ser um dos mais violentos, com redução constante dos índices no país como um todo. Em especial se compararmos entre Estados, lembrando que existem Estados americanos com leis mais e menos restritivas quanto à posse e o porte das armas de fogo, que segundo (Malcolm e Lott Jr, 2014) “os estados menos restritivos são os mais seguros”.
Por último, a própria Organização das Nações Unidas – ONU – publicou entre 2011 e 2014 relatórios globais detalhados sobre os homicídios, e concluiu o óbvio: Colocou em dúvida a causalidade entre a posse de armas e a criminalidade violenta.

Adicionalmente, sob uma perspectiva global, a enorme diferença entre as estimativas de proprietários de armas de fogo (centenas de milhões, de acordo com as estimativas da Small Armas Survey, 2007) e o número anual de homicídios (centenas de milhares) indica que a maioria das armas dos cidadãos não é desviada e é possuída para propósitos legítimos.  

ONU – UNDOC – Global Study on Homicide – p.44

O que esse artigo busca provar é justamente isso, Estados menos restritivos quanto à posse e o porte de armas de fogo pela população são mais seguros, pois esse raciocínio parte de um pressuposto simples: criminosos não se submetem à lei por essência, com o estatuto do desarmamento atingindo apenas o cidadão ordeiro e cumpridor da lei, que obviamente não é o responsável pelo aumento da criminalidade.

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STATISTICAL ANALYSIS BETWEEN THE NUMBER OF HOMICIDES PATIATED BY FIREARMS AND THE NUMBER OF FIREARMS REGISTERED IN THE COUNTRY, BEFORE AND AFTER LAW No. 10,826, DECEMBER 22, 2003.

ABSTRACT

This research is based on Law 10,826 of December 22, 2003, which deals with the registration, possession and commercialization of firearms and ammunition on the National Arms System - SINARM. Commonly known as the Disarmament Statute.
The law came into force in a context of increasing violence, especially when dealing with gunshot homicides, where the discourse behind the proposal was the reduction of criminal indices, especially firearm homicides, which the legislator, is directly related to the possession and commercialization of firearms in Brazil.
The survey analyzes the official data published by the federal government on the number of firearm-related homicides in the country, within the time span between 1994 and 2013, analyzes the states of the federation separately and draws a parallel with the registration number of firearms in those States.
In this way, it is possible to analyze the efficiency and effectiveness of the government measures adopted by virtue of the law to reduce criminal indices.
The period analyzed was limited to 2013, since the last public domain data on firearms registrations is from that year, depending on personal consultation with the Federal Police Department to obtain more recent data, which due to the compression of time it was not possible.

Keywords: Firearm Homicides. Firearms Registered in Brazil. Disarmament Statute.

 

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REFERÊNCIAS

 


QUINTELA, Flávio; BARBOSA, Bene. Mentiram para mim sobre o desarmamento. 1º edição – 1 de abril de 2015 – CEDET – Campinas – SP. 

OLIVEIRA, Humberto Wendling Simões de. AUTODEFESA Contra o Crime e a Violência – Um guia para civis e policiais. 1º edição – 2013. Ed Baraúna SE LTDA.

MALCOLM, Joyce Lee. Violência e Armas, a Experiência Inglesa. Vide Editorial, 2014.

MENEGUCCI José Paulo, PORTE DE ARMA DE FOGO NA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. 2003. 97f. Monografia de conclusão de cursoPMESP/CAES/CSP, São Paulo, 2003.

WAISELFSZ, Julio Jacobo. Mapa da Violência 2016, Homicídios por Armas de Fogo no Brasil. FLACSO BRASIL, 2016.

CARVALHO, Rodrigo Oscar. et.al.  ANÁLISE JURÍDICA QUANTO À POSSE OU PORTE DE ARMA DE FOGO DESMUNICIADA, DESMONTADA OU COM DEFEITO. 2017. 11f. Monografia de conclusão do CURSO SUPERIOR DE TECNÓLOGO DE POLÍCIA OSTENSIVA E PRESERVAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA  I-I/2017 da POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. São Paulo. 2017.

RANKING DOS ESTADOS NO CONTROLE DE ARMAS. Disponível em: http://congressoemfoco.uol.com.br/upload/congresso/arquivo/mapa_das_armas_brasil.pdf Acesso em: 21 abr. 2018.

Registros de arma de fogo por estado. Disponível em: http://www.defesa.org/registros-de-arma-de-fogo-por-estado/ Acesso em: 21 abr. 2018.

Estados brasileiros com menos armas legais têm mais homicídios. Disponível em: https://oglobo.globo.com/brasil/estados-brasileiros-com-menos-armas-legais-tem-mais-homicidios-2797617#ixzz5JOiynNph Acesso em: 16 jun. 2018.

Brasil lidera ranking de mortes por armas de fogo. Disponível em: http://www.defesa.org/brasil-lidera-ranking-de-mortes-por-armas-de-fogo/ Acesso em: 16 jun. 2018.

Mapa da violência. Disponível em: https://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2016/Mapa2016_armas_web.pdf Acesso em: 02 jun. 2018.

ESTATUTO DO DESARMAMENTO. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Estatuto_do_Desarmamento Acesso em: 21 abr. 2018.

 UK's crime rate much higher than US's. disponível em: http://johnrlott.blogspot.com/2013/01/uks-crime-rate-much-higher-than-uss.html Acesso em: 28 abr. 2018.

Violent crime worse in Britain than in US. Disponível em:http://www.dailymail.co.uk/news/article-25671/Violent-crime-worse-Britain-US.html Acesso em: 28 abr. 2018.


Murder and homicide rates before and after gun bans. Disponível em https://crimeresearch.org/2013/12/murder-and-homicide-rates-before-and-after-gun-bans/ Acesso em 05 mai. 2018.


Czech Republic 2011 Crime and Safety Report. Disponível em: http://www.osac.gov/pages/contentreportpdf.aspx?cid=10583 Acesso em: 22 jun. 2018.

Bundesamt für Statistik. Disponível em: http://www.bfs.admin.ch/bfs/portal/de/index.html Acesso em: 13 abr. 2018.

Indicators of Crime and Safety. Disponível em: http://www.bjs.gov/index.cfm?ty=daasearch/crime/state/runcrimestatebystate.cfm Acesso em: 19 mai. 2018.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço de forma irrestrita a minha esposa, que sempre me apoiou, quer de forma presente ou pela simples compreensão pela ausência.
Agradeço também ao orientador desta obra, Senhor 2º Sgt PM CIRELLI, que em todos os momentos que fora solicitado, respondeu de forma pronta e cordial.
Estendo meus agradecimentos aos demais colegas do 16º pelotão, que direta ou indiretamente me ajudaram na elaboração do trabalho.
São Paulo, 27 de junho de 2018.